Burle Marx

Jardim é ordem, é impulso ordenado. Deve ser obra de arte, onde as convergências de intenções plásticas se transformam em um todo e, as mutações e a instabilidade, o esperar de uma floração, esse momento de ênfase, valorize todas as partes formando um tecido, uma trama em que tudo contribua para um equilíbrio generalizado.

Enfim a missão do paisagista vai além do trabalho de composição; ele deve trazer a natureza ao alcance do homem e, principalmente, conduzir o homem de volta à natureza.

Roberto Burle Marx

O paisagista no Brasil goza da liberdade de construir jardins baseados numa realidade florística de uma riqueza transbordante. Respeitando as exigências da compatibilidade ecológica e estética, ele pode criar associações artificiais de uma expressividade máxima. Fazer paisagem artificial não é negar nem imitar servilmente a natureza. É saber transpor e saber associar, com base num critério seletivo e pessoal, os resultados de uma observação amorosa, intensa e prolongada aproveitando o imenso patrimônio que é a exuberante flora brasileira.


Os paisagistas têm nas mãos um poderoso instrumento no combate à devastação da natureza. A especificação de vegetação autóctone é, sem dúvida alguma, um eficiente meio de perpetuação de algumas espécies ameaçadas ao desaparecimento”.

Roberto Burle Marx